Sou nordestino e vi gente sofrer
Já ouvi histórias que são de doer
Já vi o gado morrendo de sede
E o seu dono sustentando numa rede
Já vi a água faltar na cacimba
E o feijão não brotar no roçado
Senti o solo bem quente, rachado
E a alegria com a chuva bem-vinda
Desculpe “amigo”, o do preconceito
Sou mesmo estúpido e tenho defeito
Mas, se não fosse a democracia
A minha palavra de nada valia
Assim espero que você entenda
Meu voto vale o mesmo que o seu
É uma pena que me repreenda
E que ache que o errado sou eu
Mas não me tire o direito de escolha
Nem quero que você me acolha
Só peço que respeite-me
E que vote sem indiferença
E quando vier ao Nordeste
Serás um cabra da peste
Iremos sim, te acolher
Porque esse é o nosso jeito de ser
Por Maria Frô
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